Pesquisas apontam o aumento do número de cirurgias plásticas
A Olimpíada da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) que aconteceu em setembro, no Congresso Mundial de Atenas de 2023 reuniu mais de 1.000 participantes de 90 países para discutir as mais recentes pesquisas científicas, inovações e técnicas para melhorar a segurança do paciente em cirurgia plástica estética. Por lá, foram divulgados os resultados de sua Pesquisa Global anual sobre Procedimentos Estéticos/Cosméticos.
O relatório mostrou um aumento geral de 11,2% nos procedimentos realizados por cirurgiões plásticos em 2022, com mais de 14,9 milhões de procedimentos cirúrgicos e 18,8 milhões de procedimentos não cirúrgicos realizados em todo o mundo.
A lipoaspiração foi o procedimento cirúrgico mais realizado em 2022, assim como em 2021, com mais de 2,3 milhões de procedimentos e um aumento de 21,1%. Os cinco principais procedimentos cirúrgicos foram lipoaspiração, aumento de mama, cirurgia de pálpebras, abdominoplastia e lifting de mama que substitui a rinoplastia entre os cinco primeiros.
De acordo com o cirurgião plástico e Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Humberto Pinto, após a pandemia, a autoestima e sensação de bem-estar foram muito valorizados por todos os pacientes. "Falo não só de mulheres, mas do aumento dos homens também na procura por cirurgias plásticas para se sentirem melhores consigo mesmos", diz.
Entre o ranking da pesquisa, o médico concorda, e diz que atualmente as novas tecnologias têm aprimorado as cirurgias. Hoje a lipoaspiração tem diversos tipos como LipoHD, Lipolaser. Uma continua aspirando a gordura e esculpindo o corpo, e a outra fazemos com cânulas mais finas onde o laser emite o calor e quebra as células de gordura", destaca. "A lipo é disputada entre homens e mulheres na atualidade. Já a mama, tanto o implante quanto o explante estão em alta e sobre a cirurgia de pálpebras é um incômodo que acomete pessoas acima dos 40 anos e a procura realmente é grande e a cirurgia é simples", diz o cirurgião.
Humberto deixa claro que é preciso atenção à ética médica, ao consentimento do paciente. "É preciso que nós como profissionais habilitados passemos todas as informações necessárias, sanando as dúvidas dos pacientes para a cirurgia em questão, sobre os riscos e benefícios e os possíveis resultados", explica o médico. "Isso também se aplica à publicidade e ao marketing em cirurgia plástica. Os cirurgiões têm a obrigação de fornecer informações precisas e transparentes sobre seus serviços, principalmente agora com as novas regras do CFM da liberação do uso de imagens de 'antes e depois' de pacientes em mídias sociais, evitando promessas enganosas ou exploração da insegurança dos pacientes, pontua.