Manchas: quando elas podem indicar câncer de pele
Tem dado mais atenção à sua pele? Na linguagem universal ao detectar quaisquer manchas diferentes em sua pele deve-se procurar um especialista. Novos sinais que surgem no corpo ou pintas e manchas já existentes que mudam precisam ser levadas à sério.
De acordo com o dermatologista Ricardo Tiussi, do Instituto Pele, lesões na pele em formato de pequenas pápulas, de cor rósea, avermelhada ou escura, que crescem, feridas que não cicatrizam e pintas que coçam, sangram ou mudam de características devem ser levadas em consideração e o dermatologista deve ser procurado para uma avaliação. "Quando o câncer de pele é detectado no início as chances de cura são muito grandes", esclarece.
Ainda segundo o especialista, grande parte dos casos de câncer de pele podem ser facilmente confundidos com manchas, pintas comuns ou outras lesões benignas. Para ter a certeza se uma mancha é indício de câncer de pele, é preciso passar por uma consulta com o dermatologista, que fará um exame clínico seguido de um exame chamado dermatoscopia, essencial para visualizar as diferenças das camadas da pele para identificar o tipo de mancha e a origem do problema.
"Neste procedimento o dermatologista examina a pele com o dermatoscópio digital, que permite uma visualização das estruturas internas da pele. O médico realiza este procedimento antes de biopsiar lesões suspeitas da pele, sendo uma triagem do que deve ser retirado cirurgicamente ou não", explica Tiussi.
As lesões sãofotografadas e as imagens ficam arquivadas para futura comparação.
Tipos de câncer de pele
Carcinoma basocelular - é o mais comum (85% do total) e tem, geralmente, uma agressividade menor se comparado aos outros tipos de cânceres de pele. Está relacionado à radiação UVB, que predomina entre às 10 e 14h. As pessoas de pele clara são as mais sujeitas a este tipo de câncer. Aparece na forma de pápula ou úlcera que não cicatriza e seu crescimento é lento. Surge normalmente nas áreas do corpo mais expostas ao sol, como face, braço e colo.
Carcinoma espinocelular- Sua frequência é de 10-15% dos tumores cutâneos. Está relacionado, muitas vezes, a cicatrizes de queimadura ou asperezas causadas pelo sol. Começa em geral com uma lesão avermelhada e áspera que vai aumentando de tamanho e sangra com facilidade.
Melanoma maligno - É o mais perigoso dos tumores cutâneos e acomete, principalmente, pessoas entre 30 e 60 anos. Sua incidência vem aumentando em todo o mundo. A grande maioria surge a partir de sinais escuros (nevos), mas, pode ocorrer também em pele sem lesões. O melhor jeito de se prevenir é manter o hábito de observar as pintas com frequência (autoexame), além de visitar um dermatologista, uma vez por ano.
Prevenção
Para prevenir não só o câncer de pele como também das outras lesões provocadas pela exposição solar, é necessário evitar se expor ao sol sem proteção. O uso do filtro solar deve ser diário, até em dias nublados, e retocado de 3 em 3 horas. É preciso usar chapéus, guarda-sóis, óculos escuros e filtros solares durante qualquer atividade ao ar livre e evitar a exposição em horários em que os raios ultravioletas são mais intensos, ou seja, das 10 às 16 horas.