Anvisa restringe uso de Zolpidem
A Anvisa aprovou na última quarta (15), o aumento do controle para o medicamento Zolpidem. Com isso, qualquer medicamento contendo a substância deverá ser prescrito por meio de Notificação de Receita B (azul), já que o produto faz parte da lista de substâncias psicotrópicas da norma de substâncias controladas no Brasil. A receita tipo B exige que o médico especialista seja previamente cadastrado na autoridade local de Vigilância Sanitária. A regra passa a valer no mês de agosto.
Após a pandemia, os casos de insônia aumentaram muito, e em 2022 o Instituto do Sono divulgou que mais da metade dos brasileiros passou a dormir mal e a ter menos horas de sono. Com isto, o uso de pílulas de dormir aumentou e das que contém a substância zolpidem.
De acordo com a presidente da Associação Brasileira do Sono (Regional ES) e Especialista em Medicina do Sono e pneumologista, Dra. Jessica Polese, as pílulas de dormir que possuem as substâncias zolpidem e temazepam, podem se tornar viciantes e promover diversos malefícios, como provocar o sonambulismo, a perda de memória. "Para se ter uma ideia, o zolpidem pode causar sonolência diurna no dia seguinte ao seu uso. Outro perigo é misturá-lo com bebidas alcoólicas, afetam as atividades motoras. Assim, acidentes podem ser causados em casa, no trabalho e no trânsito e levar até à morte por conta da ingestão destas pílulas", explica a médica.
De acordo com a especialista, os sedativos têm sido associados a alucinações e comportamentos dissociativos e podem desenvolver dependência e com o tempo, é preciso doses extras da medicação, para obter o mesmo efeito, o que tem causado o vício e alto consumo da população.